[RP] I'm The King of the seven kingdoms, I command you.

SEVEN HELLS

Fora um encontro curto. Ele e o pequeno conselho nunca chegavam em um acordo, e seu maior apaziguador não havia comparecido. Dispensou todos do recinto, ficando sozinho com o seu mau humor. Primeiro aquela emboscada logo pela manhã, depois a chegada da comitiva de Dorne e agora a mão do rei decidia quando iria comparecer ou não. Extremamente irritado, gritou com os criados. "Pelos sete infernos, alguém localize Rickard agora mesmo!"

Orys não era conhecido por seu bom humor e educação, sempre fora um homem sério, e isso aumentou ao longo dos anos como rei. Mas atualmente, seu gênio estava cada vez pior, uma vez que suas esperanças de consolidar o reino estavam cada vez mais difíceis de alcançar. Problemas bobos como os de agora o deixavam consternado. Queria poder deixar todas essas responsabilidades da coroa para outra pessoa. Orys Baratheon não era um contador, muito menos um fazendeiro, pelos sete infernos.

Ainda estava sentado em sua cadeira no conselho, quando outro problema o surgiu com a chegada de meistre Aemon com um corvo com notícias de Correrrio. "Deixe nos a sós, meistre." - Pegou o pedaço de pergaminho, examinando mais uma vez enquanto o meistre se arrastava de volta para a porta. "Rivers." - Chamou o cavaleiro, sabendo que este se encontrava de guarda naquela sala, poucos metros dele. "Sente-se." - Apontou para a cadeira próxima a ele e jogou o pergaminho na mesa. "Sabe o que é isso, Rivers?" - Ouviu o som das botas, assim como o da armadura de Edmur Rivers quando este se aproximava e ficava de pé em sua frente. "Eu disse, sente-se." - O homem era extremamente leal, apesar de suas origens, e Orys tinha uma grande consideração pelo bastardo.

"Notícias de seu pai. Romel Tully está a beira da morte. Preciso da sua resposta agora." - Nada de meus sentimentos, ou dizer que sentia muito pela possível perda. Não era de muitas palavras, e muito menos um sentimental. Sabia como era perder um pai, mas sabia muito mais o que vinha com essa perda. Não podiam deixar as responsabilidades de lado, apenas pelo pesar.

"Sei do seu juramento, Rivers. E aprecio isso. Mas você é muito mais útil lá do que aqui. Não posso deixar que Robert tome Correrrio. Sabe dos riscos de isso acontecer." - A sanguessuga Robert Arryn estava pronto para tomar as terras fluviais como suas, com a ajuda de sua mãe. E Orys sabia o quão isso poderia ser perigoso, possivelmente desencadear uma nova guerra, e ele nem tinha acabado com a antiga ainda. "Preciso saber, Rivers. E não estou nem um pouco paciente hoje. Sabe que só pedi sua opinião por respeito, posso muito bem ordenar que volte e você terá que obedecer, querendo ou não."

Ours is the Fury

I heard and I see, but I keep all to me. I’m the Kingsguard

Edmur Rivers encontrava-se em um dia normal. Sempre estava presente nas reuniões do Conselho, mas claro, apenas cumprindo sua função de guardar o Rei. Ficava aos fundos, atrás da cadeira do Rei Orys e se mentinha calado, invisível em sua presença. Claro que sua armadura não ajudava muito, uma vez que era de um branco reluzente, mas nunca dizia nada, a não ser que o Rei ordenasse, como agora.

Edmur já conhecia seu Rei e sabia que naquela dia ele estava mais nervoso que o normal. Achava-o até bem controlado diante de todos os problemas que tinha. Se fosse Edmur, já tinha estourado. Não nascera para governar, apenas para obedecer e lutar.

Aproximou-se com cautela e parou diante do Rei, mas este exigiu que ele sentasse. Sentou-se, mesmo a contragosto e escutou as palavras. Saber que seu pai estava a ponto de morrer não lhe agradou, mas tentou ao máximo manter o rosto impassível. Um homem da guarda real não tinha família. Sua família era seu dever para com o Rei.

- Vossa Graça, agradeço por me informar sobre meu pai e também agradeço por saber o quão importante meus votos são para mim. Também o sei a catástrofe que seria Robert Arryn assumir o poder das terras do Tridente, mas Vossa Graça deve considerar o que me pede. Sou um bastardo. Os vassalos de meu pai não aceitariam um nascido bastardo como seu suserano. Posso me tornar um Tully, mas nasci um Rivers e para eles, isso que importa.

Não conseguia se ver longe de Porto Real e não ser mais um Cavaleiro da Guarda Real, governando outros senhores em nome de seu Rei. Senhores que não gostariam nada disso e poderiam até se voltar contra Orys por isso. Se juntarem a causa de Robert mesmo odiando ele.

- Não o quero contrariar ou enfurecê-lo meu Rei, apenas não quero atrapalhá-lo. Nem todos desse reino são como Vossa Graça, que não olhou meu sobrenome antes de me escolher para lhe servir.

SEVEN HELLS

Bateu com o punha na mesa. "Que inferno, Rivers." - Encarou o homem. "Pouco me importa se és um bastardo ou não. Não deixarei Correrrio nas mãos de um psicopata. Você voltara para a sua terra, quer queira ou não. O que os vassalos de seu pai dirão pouco me importa também. Farão o que eu mandar e seguiram você, ou serão julgados como traidores. Fim de conversa." - Respirou fundo, sabendo que o cavaleiro não aceitaria tão fácil o que dizia. "Sou o rei, farei você herdeiro das terras fluviais, assim como Lorde e protetor de Correrrio. Agora mesmo mandarei Meistre Aemon redigir minhas ordens e mandar uma cópia a seu pai, bem como seus vassalos. E espero que seu pai, mesmo doente, seja leal para com a coroa."


"Rivers ou Tully, farei o que lhes disse e todos aqui presentes estão como testemunha. Ordenarei que seu pai o tome como herdeiro legítimo. Sem mais conversa. Estou cansado disso." - Levantou-se frustrado, andando de um lado para o outro. "Chamem o meistre Aemon, e você fiquei onde está Rivers. Preciso de seu testemunho, bem como os de seus companheiros. A partir de hoje você é o herdeiro legítimo de Romel Tully, sem mais delongas sobre esse assunto. Bem sabe que bastardo ou não, você é o único filho dele." - Maldito seja Romel Tully, um homem bom, porém um tolo ao não ter legitimado Edmur, ou casado-se a tempo. Um tolo ainda maior em confiar na cobra de sua irmã e seu sobrinho.

Sentou-se com a chegada de Aemon e explicou ao velho o que queria. Já havia discutido as possibilidades com o meistre, e este estava ciente de tudo o que Orys queria. "Não quero ouvir mais nenhuma palavra sobre isso. Você, Rivers, partira logo após o dia de meu casamento. Até lá, preciso de você por aqui. Precisamos achar um substituto para você."

Ours is the Fury

I heard and I see, but I keep all to me. I’m the Kingsguard

Havia tantas coisas que queria dizer ao seu Rei, mas sabia que não era prudente. Orys quando estava nervoso era alguém que se devia temer verdadeiramente, mas precisava deixar claro duas coisas que o estavam atormentando.

- Vossa Graça... seguirei o que diz, uma vez que tenho certeza que o senhor sabe o que faz, mas posso ter direito a lhe pedir duas coisas?

O Rei apenas o fitou e Edmur concluiu que era uma brecha para pelo menos tentar. Limpou a garganta e manteve sua postura rígida.

- Seria muito pedir a Vossa Graça que me mantivesse com o senhor até que meu pai morra? Não me sentiria bem indo morar nas terras dele até que este se parta.

Não queria encontrar com seu pai. Não queria o ver com a face coberta de vergonha por ter um filho bastardo em seu cadeirão.

- Também gostaria de saber, se convier a Vossa Graça, em quem será minha noiva.

Esse era um assunto delicado. Edmur nunca pensou em ter esposa, já que sempre quis ser um cavaleiro da Guarda Real. Falar sobre isso, na frente de todas aquelas pessoas... isso o deixava desconfortável.